DESTAQUE

- - - Reunião de partilha de Pais no dia 6/9 - - - Formação "Qualificar para Intervir" com Curso de "Direito à Igualdade e Não Discriminação" 2/9

domingo, 14 de novembro de 2010

A caminho da cura para o autismo?

A equipe liderada pelo biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor da Universidade da Califórnia, em San Diego, conseguiu três feitos inéditos e impactantes:

1) criou neurônios autistas em laboratório

2) revelou que eles são diferentes dos neurônios normais desde o início do desenvolvimento

3) conseguiu tratar os neurônios autistas e fazer com que eles se comportassem como neurônios normais

Nesse trabalho, Muotri decidiu trabalhar apenas com autistas portadores da síndrome de Rett - uma forma grave da doença. Os indivíduos que sofrem desse problema se desenvolvem normalmente até o primeiro ano de vida. A partir dessa fase, começa uma regressão acentuada. Além de apresentar comportamento autista, os pacientes perdem a coordenação motora e sofrem de rigidez muscular. Muitos morrem na juventude.

A síndrome de Rett foi escolhida pela equipe porque tem uma causa genética clara. Sabe-se que é provocada por mutações no gene conhecido como MeCP2. Além disso, os neurônios são afetados de forma mais dramática do que nos casos de autismo sem causa determinada.

Para investigar como a doença se origina, Muotri decidiu criar neurônios autistas em laboratório. Células da pele de pacientes foram extraídas por meio de uma biópsia simples. Elas receberam quatro genes que as induziram a se comportar como se fossem células-tronco embrionárias.As novas células tornaram-se capazes de dar origem a qualquer tipo de tecido.
Essas células são conhecidas no meio científico como células-tronco de pluripotência induzida (iPS). O método foi descrito pela primeira vez pelo japonês Shinya Yamanaka em 2006. Atualmente é empregado no estudo de várias doenças porque elimina a necessidade de descarte de embriões humanos e todos os dilemas morais decorrentes disso.

Em seguida, a equipe de Muotri adicionou vitamina A e outros fatores para induzir as células iPS a se transformar em neurônios. Deu certo. Como o genoma dessas células veio de pacientes autistas, pela primeira vez na história cientistas conseguiram criar neurônios autistas em laboratório e testemunhar o funcionamento deles desde o início do desenvolvimento. Observar o desenvolviemnto de um neurônio doente numa placa de Petri não é a mesma coisa que testemunhar isso dentro do cérebro de um paciente. Mas é um grande começo.

Leia a notícia completa AQUI

Sem comentários: