DESTAQUE

- - - Reunião de partilha de Pais no dia 6/9 - - - Formação "Qualificar para Intervir" com Curso de "Direito à Igualdade e Não Discriminação" 2/9

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Novo teste detecção Autismo



Um teste de cinco minutos pode ajudar a detectar autismo em bebês de 12 meses, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira. Este é o primeiro estudo a mostrar que uma simples ferramenta de triagem pode ser usada para detectar o autismo, segundo a pesquisadora Lisa Gilotty, coordenadora do programa de autismo no Instituto Nacional de Saúde Mental, responsável pelo estudo.

- O benefício do estudo é que as crianças poderão iniciar o tratamento muito mais cedo - disse Karen Pierce, da Universidade da Califórnia, San Diego, que teve o estudo publicado no "Journal of Pediatrics".

Geralmente o diagnóstico acontece na primeira infância e, segundo estudos recentes, quanto mais cedo as crianças são diagnosticadas e tratadas, melhor.

Para o estudo, Pierce e seus colegas reuniram uma rede de 137 pediatras em San Diego, que sistematicamente começaram a testar todos os bebês durante um ano de exames. Como parte do programa, os pais responderam a uma pesquisa sobre os bebês, como "quando seu bebê brinca, ele/ela quer saber se você está olhando?" ou "seu filho sorri olhando para você?". Todos os bebês que falharam nos testes foram levados para o centro de autismo da universidade para mais testes periódicos a cada seis meses até os três anos de idade, quando eram mais propensos a mostrar sinais de autismo.

De mais de 10 mil bebés, 184 falharam nos testes iniciais e, desses, 75% tiveram algum problema de fato. Do total, 32 crianças tiveram o diagnóstico de autismo, 56 apresentaram atrasos na fala, nove tiveram atraso no comportamento e 36 foram classificados com outros problemas.

Depois do programa de triagem, todas as crianças diagnosticadas com autismo ou atraso de desenvolvimento e 89% daquelas com atraso de linguagem foram encaminhados para terapia comportamental por volta dos 17 meses e começaram a receber tratamento aos 19 meses.

A pediatra Chrystal de Freitas, que participou do estudo, disse que pais do programa passaram a prestar mais atenção no desenvolvimento dos filhos e isso ajudou a prepará-los para algumas más notícias.

- Isso permitiu que os pais participassem do processo e percebessem que seus filhos poderiam ter algum atraso de desenvolvimento ou autismo, uma mensagem que nenhum pai quer ouvir - disse ela.

Segundo Pierce, pesquisas com médicos antes do programa mostraram que a maioria não fazia nenhum tipo de teste sistemático para autismo, mas depois do estudo 96% disseram que continuaram usando a ferramenta de triagem.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/04/28/teste-de-cinco-minutos-pode-ajudar-diagnosticar-autismo-em-bebes-924336857.asp#ixzz1Ktuo4wh5
© 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Hábitos alimentares e sintomas de autismo

Os autistas atendidos no CEMA (Centro de Especialização Municipal do Autismo), em Limeira (Brasil), foram alvos de uma pesquisa sobre a relação entre alimentação e comportamento autista realizada pelo Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP).

A triagem dos autistas também foi feita no Núcleo de Especialização e Socialização do Autista (NESA) de Mogi-Guaçú. Segundo a orientadora da pesquisa, Jocelem Mastrodi Salgado, 28 autistas participaram do projeto, com idade entre dois e 33 anos, sendo 17 de Limeira e 11 de Mogi-Guaçú. O projeto realizado pela nutricionista Nádia Isaac da Silva foi aprovado pelo comitê de ética de pesquisa com humanos da ESALQ. "O estudo teve como objetivo identificar o padrão de hábito alimentar de um grupo de autistas, promover testes para o desenvolvimento de métodos de análises laboratorais que comprovem a eficiência da dieta isenta de glúten e caseína e também identificar a ocorrência de alterações do metabolismo da creatina a partir da análise da concentração de creatinina em urina", explicou Jocelem.

CARACTERÍSTICAS

A pesquisa intitulada "Relação entre hábito alimentar e síndrome do espectro autista" foi elaborada após a realização de uma entrevista nutricional, contendo questões sobre características sóciodemográficas das famílias dos autistas participantes, histórico pessoal de doenças, comportamento autista durante as refeições e levantamento de hábito alimentar. Segundo a orientadora, também foi feita uma avaliação psicológica com aplicação do método quantitativo "Childhood Autism Rating Scale (CARS)".

Os resultados sobre a população indicaram que 1/3 dos pais de autistas possuem baixa escolaridade e 60% renda familiar na faixa de dois a quatro salários mínimos. Segundo a avaliação psicológica, 64% dos autistas são casos graves e 68% se encontram na faixa de retardo mental. "A renite alérgica é a patologia de maior prevalência na população estudada. Em média 60,71% dos autistas apresentam sintomas gástricos, sendo o mais frequente a flatulência (39,90%)", apontou.

ALIMENTAÇÃO

Ainda dentro do campo de pesquisa, foi constatado que o grupo de autistas apresentou um elevado consumo de calorias, proteína, carboidrato, vitaminas do complexo B, ferro, zinco e cobre. Do outro lado, os autistas têm baixo consumo de cálcio, fibra e ácido ascórbico (vitamina C). "A análise de consumo de grupos de alimentos evidenciou elevado consumo de açúcares simples e baixo consumo de leite e derivados como também frutas e hortaliças", falou.

Sobre as alterações do metabolismo da creatina, a pesquisa concluiu que essa condição pode estar relacionada a fatores genéticos.

APOIO

O projeto de pesquisa foi realizado no laboratório de Nutrição Humana do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição em parceria com o laboratório de genética de plantas Max Feffer do Departamento de Genética (ESALQ). O projeto também contou com a participação dos profissionais do CEMA, a psicóloga Vera Lígia Alves Leite, fonoaudióloga Marcia Regina Cermaria da Silva e a psicóloga Karine Helena Rodrigues Carvalho do NESA para a avaliação psicológica. "O apoio e auxílio das equipes de profissionais e dirigentes das duas instituições participantes foram fundamentais para o desenvolvimento do projeto", declarou.

Esse trabalho teve início em 2008 e a sua conclusão está prevista para o segundo semestre deste ano.


Dados levantados na pesquisa:

* 1/3 dos pais de autistas possuem baixa escolaridade
* 60% tem renda familiar na faixa de 2 a 4 salários mínimos
* 64% dos autistas são casos graves e 68% se encontram na faixa de retardo mental
* Em média, 60,71% dos autistas apresentam sintomas gástricos
* Elevado consumo de calorias, proteína, carboidrato, vitaminas do complexo B, ferro, zinco e cobre
* Baixo consumo de cálcio, fibra e ácido ascórbico (vitamina C)

** Foram entrevistados 28 autistas, sendo 17 de Limeira e 11 de Mogi-Guaçú.

Derivados de trigo e leite podem intensificar os sintomas

A pesquisa feira pela nutricionista Nádia Isaac da Silva sob a orientação da professora Jocelem Mastrodi Salgado trabalha com a hipótese de que alimentos que contém glúten e caseína - proteínas derivadas do trigo e do leite respectivamente - podem intensificar os sintomas do autismo. "Estudos indicam que uma dieta isenta de alimentos que contenham essas proteínas (pães a base de trigo, bolachas, bolos, massas em geral, leite, queijos, iogurtes, sobremesas a base de leite) reduz alguns sintomas característicos da doença como isolamento social e déficit de atenção", explicou Jocelem.

Para a orientadora, com o conhecimento da patologia e também a criação de exames de diagnóstico seguros é possível contribuir para um diagnóstico precoce da doença. "Dessa forma haverá um maior acesso a tratamentos mais adequados que acarretem a melhora do quadro clínico e consequentemente, a qualidade de vida dos autistas", falou.

Para Jocelem, as pesquisas com finalidade de criar novos tratamentos coadjuvantes e exames de diagnóstico para o autismo são de grande importância para o Brasil em virtude do elevado número de casos de autistas que não tem acesso ao diagnóstico e nem tratamento adequado. "Não existe no país dado oficial sobre a prevalência do autismo. Informações apontam para a média de 50 mil autistas, mas estima-se que existe pelo menos um milhão sem diagnóstico." (Stefanie Archilli)

Fonte e notícia completa AQUI

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Examinar a comorbidade entre Autismo e Epilepsia


Análises realizadas a tecido cerebral pós-morte de pessoas com autismo mostra que 1/3 deles também tinham epilepsia, revelando os dados que esta comorbidade revela uma taxa de mortalidade superior ao esperado.

Um artigo* publicado a 15/4 revela que 39% dos casos de análise a tecido cerebral doado pós-morte têm confirmado diagnóstico de epilepsia, o que revela uma taxa muito superior à estimada de epilepsia entre a população com autismo.

O artigo conclui que quando autismo e epilepsia ocorrem conjuntamente, a taxa de mortalidade esperada aumenta cerca de 800%.

*Journal of Child Neurology

Artigo AQUI

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Causa Genética comum ao Autismo e à Epilepsia



Conduzida pelo neurologista Dr. Patrick Cossette, a equipe de investigação descobriu uma mutação grave do gene sinapsina (SYN1) em todos os membros de uma grande família franco-canadense que sofre de epilepsia, incluindo indivíduos que também sofrem de autismo. Este estudo também inclui uma análise de duas coortes de indivíduos de Quebec, que permitiu identificar outras mutações no gene SIN1 entre 1% e 3,5% das pessoas que sofrem respectivamente de autismo e epilepsia, quando vários transportadores da mutação SYN1 apresentaram sintomas de ambos os transtornos.

"Os resultados mostram, pela primeira vez o papel do gene SYN1 no autismo, além de epilepsia, e vem reforçar a hipótese de que uma desregulação da função da sinapse, pois desta mutação é a causa de ambas as doenças ", observa Cossette, que também é professor da Faculdade de Medicina da Université de Montréal. Acrescentou que "até agora, nenhum estudo genético em seres humanos demonstrou isto."

As diferentes formas de autismo são geralmente de origem genética e quase um terço das pessoas com autismo também sofrem de epilepsia. A razão para essa comorbidade é desconhecida. O gene da sinapsina tem um papel crucial na formação da membrana que envolve os neurotransmissores, também conhecido como vesículas sinápticas. Estes neurotransmissores asseguram a comunicação entre os neurônios. As mutações de outros genes envolvidos no desenvolvimento das sinapses (a junção entre dois neurônios funcionais) foram encontradas em autistas, mas este mecanismo da epilepsia em humanos nunca foi provado até ao presente estudo

Fonte

terça-feira, 19 de abril de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Segurança das vacinas posta novamente em causa


O investigador Poul Thorsen foi indiciado pela procuradoria dos Estados Unidos por fraude e lavagem de dinheiro.
Está em causa o seu trabalho para o CDC (Center for Disease Control and Prevention) sobre a ligação entre o conservante das vacinas - Thimerosal-, e o aumento dos casos de autismo, bem como o desvio de dinheiro pago pelo CDC, que a sua Universidade na Holanda deveria ter recebido e que foi parar à sua conta.
Os artigos que escreveu foram baseados em falsos registos e foram publicados por influência do CDC.

Leia AQUI e AQUI.

domingo, 17 de abril de 2011

Exterior do pré projecto de arquitectura de futuras instalações

Foi ontem apresentado aos Associados da AIA o pré projecto de arquitectura das futuras instalações para Terapias de Intervenção Precoce e Centro de Actividades. A empresa de arquitectura é a Atelier - Arquitectura e Engenharia.

“Se já construiu castelo no ar, o seu trabalho não precisa de estar perdido. Os castelos estão onde deviam estar, agora coloque as fundações por baixo deles.”
Henry David Thoreau


O Castelo já está construído. Vamos todos trabalhar para as fundações.


sábado, 16 de abril de 2011

Diagnosticar diferentes tipos de Autismo

No Laboratório de Visão do Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de São Paulo (USP), a pesquisa da psicóloga Elaine Zachi procura contribuir no campo do diagnóstico, ao verificar se é possível diferenciar o autismo de alto funcionamento da síndrome de Asperger. Para isso, é analisado o desempenho dos pacientes em testes neuropsicológicos computadorizados. Os testes avaliam itens como atenção, memória, raciocínio, planeamento, controle do comportamento e tomada de decisão, e podem ajudar a clarear o debate atual entre autores na literatura científica.

Alto funcionamento e Asperger?
A separação entre estes dois tipos de autismo ainda não é consensual na ciência. Enquanto uma parte dos pesquisadores acredita não haver diferenças, outra parcela distingue a síndrome de Asperger do autismo de alto funcionamento pelo facto de a primeira não incluir atraso no desenvolvimento da linguagem. Tanto no caso do autismo de alto funcionamento quanto no da síndrome de Asperger, os portadores têm a inteligência preservada, com quoeficientes intelectuais normais ou acima da média - enquanto que nos demais autismos, como o clássico, há atraso mental em gradações variadas.

Tratamento
A importância da diferenciação dos transtornos é que isto proporcionará mais precisão no encaminhamento dos pacientes, e também melhoria na elaboração de estratégias de tratamento para que eles se desenvolvam nas características em que apresentam dificuldades. “Se colocarmos todos [os pacientes] num só grupo, podemos deixar de dar uma assistência específica para o que cada um está precisando”, explica a pesquisadora.
Os tratamentos para estes casos incluem, por exemplo, atividades educacionais em grupo, que os ajudam a lidar melhor com interações quotidianas, e terapia com animais, para que os pacientes saibam identificar sentimentos e também expressá-los.
Desde que seus portadores sejam corretamente encaminhados, o autismo de alto funcionamento e o Asperger têm uma boa perspectiva de melhora. “O prognóstico é melhor porque estes pacientes têm uma capacidade intelectual e de comunicação maior do que noutros tipos de autismo”, justifica a psicóloga Elaine Zachi.
Para a pesquisadora, mesmo que a família em geral não receba a notícia de que tem um filho autista de uma maneira muito boa, é importante que ela saiba que os portadores conseguem ter uma vida normal. “Com algumas dificuldades, sim, mas, dependendo do caso, podem ter seu trabalho, casar e serem independentes”, completa.

Visão
O Laboratório de Visão, em que Elaine realiza seu pós-doutorado sob coordenação da professora Dora Ventura, é um dos locais que reúne pesquisadores dedicados à neuropsicologia no IP. Esta neurociência olha para o sistema nervoso do ponto de vista do comportamento.
Nas síndromes analisadas, o estudo da percepção visual é importante, pois é uma das áreas afetadas em seus portadores. As alterações incluem a percepção de detalhes muito acurada, enquanto a de aspectos globais é dificultada - e isto pode justificar os comportamentos deles em outros aspectos. “Se a pessoa tem uma percepção mais voltada para as partes em uma figura, vai ter uma percepção melhor para o detalhe também no seu dia-a-dia. Então vai deixar de ver contextos globais nas interações com as pessoas, ter dificuldades de compreender os discursos e de se expressar”, analisa Elaine.

Num estudo de outro autor, por exemplo, foi verificado que o portador de Asperger não teve dificuldades no teste de alternação da atenção, enquanto o autismo de alto funcionamento teve. “O que estou fazendo é pegar uma bateria mais completa, com vários testes, de atenção memória e funções executivas, e ver se, baseados nesta gama de testes, podemos traçar um perfil de cada um dos transtornos”, esclarece.

Ainda existem poucos estudos na área. As pesquisas mais numerosas do gênero foram feitas com os portadores dos tipos de autismo mais avançados. Se por um lado, o fato de ter a inteligência normal melhora o prognóstico dos pacientes com Asperger ou autismo de alto funcionamento, por outro, muitas vezes por isso a presença dos transtornos não é detectada, atrasando a inclusão em terapias. “O indivíduo chega à vida adulta sendo visto como uma pessoa estranha por quem está em volta, com uma fala mais prolixa, mais autocentrada, mas ele não tem o diagnóstico”, observa a pesquisadora.

A pesquisadora procura pacientes já diagnosticados com síndrome de Asperger ou autismo de alto funcionamento para participar da pesquisa.

Mais informações: email elaine-zachi@uol.com.br, com Elaine Cristina Zachi.

Fonte

terça-feira, 12 de abril de 2011

Estrato socioeconómico e diagnóstico de autismo


Embora haja uma crescente igualdade em termos de probabilidade de diagnóstico de autismo em crianças provenientes de comunidades e famílias de todo o espectro socioeconómico, um novo estudo descobriu que tais factores ainda influenciam as hipóteses de um diagnóstico, embora em grau muito menor do que em 1992.

"Como o conhecimento se espalhou sobre o autismo, a informação está agora mais bem distribuídas em diferentes tipos de comunidades", disse Peter S. Bearman, que foi co-autor do estudo, que pode ser lido na edição de Abril da American Sociological Review. "Também é mais fácil encontrar alguém que possa diagnosticar o autismo, por isso não vemos mais essas enormes diferenças nas taxas de diagnóstico. Contudo, parece que as crianças pobres que vivem em bairros pobres ainda não estão sendo diagnosticados."

O estudo analisa os registos de nascimento e de diagnóstico de todas as crianças nascidas na Califórnia entre 1992 e 2000, conjuntamente os dados individuais e familiares, como a riqueza dos pais, escolaridade dos pais e o valor da propriedade da vizinhança. Todas as crianças foram acompanhados desde o momento do nascimento até Junho de 2006, para permitir tempo suficiente para o diagnóstico. Como a doença se tornou cada vez mais conhecida, a idade média do diagnóstico de autismo caiu dos 5,9 anos, entre as crianças nascidas em 1992, para 3,8 anos para os nascidos em 2000.

"No auge da prevalência crescente, que envolveu crianças nascidas entre 1992 e 1995, as crianças cujos pais tinham menos recursos económicos simplesmente não foram diagnosticados como muitas vezes como crianças ricas – os miúdos ricos tinham uma propensão a ser diagnosticados entre 20 a 40% mais do que as crianças mais pobres, "disse a co-autora Marissa D. King. " Entre as crianças nascidas em 2000, porém, a riqueza dos pais só não teve efeito sobre a probabilidade de uma criança ser diagnosticada. "

De modo geral, do 4.906.926 milhões de crianças nascidas na Califórnia entre 1992 e 2000, 18.731 ou 0,38% foram diagnosticados com autismo. A prevalência de autismo nas coortes de nascimento entre 1992 e 2000 na Califórnia aumentou significativamente, passando de 29 em 10.000 em 1992 para 49 em 10.000 no ano 2000.

"Eu acho que o que aconteceu na Califórnia é que a averiguação na máquina - uma combinação de difusão de informação, sensibilização, conversas, e a capacidade dos médicos, professores, prestadores de creche, enfermeiros, e assim por diante - tornou-se mais afinada", afirmou Bearman. "E, como mais e mais pessoas são diagnosticadas com autismo e a perturbação se torna mais importante para pensar sobre o desenvolvimento da criança no discurso quotidiano, as informações sobre quem poderia ter o autismo é mais bem distribuída por todo o estado, não importa onde as pessoas vivem. Então, as diferenças entre as comunidades e por classe social são menos do que costumava ser."

Mas Bearman disse que ainda existe o caso de crianças de famílias de baixo rendimento que vivem em bairros pobres terem menos probabilidade de ser diagnosticado com autismo. "Nós sabemos que os pais conversando entre si sobre como navegar no sistema de serviço e conversando entre si sobre como compreender a dinâmica de desenvolvimento está fortemente associado com os aumentos de diagnósticos de autismo", disse Bearman. "Supomos é que nos bairros mais ricos, há mais oportunidades para os pais conversarem entre si em parques, escolas e outros pontos focais".

Segundo o estudo, em média, entre as crianças nascidas entre 1992 e 2000, uma criança de uma família pobre que vivia num bairro mais próspero tinha cerca de 250% mais de probabilidade de ser diagnosticada com autismo do que uma criança de uma família igualmente desfavorecidos que vivesse num bairro pobre.

O estudo também descobriu que, quando os casos de autismo foram divididas por gravidade, foi revelado um padrão marcante. Os casos menos graves foram encontrados desproporcionalmente em bairros mais ricos e mais instruídos. Entre as crianças nascidas em 1992, as chances de crianças com sintomas menos graves serem diagnosticados foi de 90% superior se eles vivessem num bairro rico. No final do estudo esse percentual havia diminuído pela metade, para 45%.

"Nos casos menos graves, as crianças que são de maior funcionamento, muitas vezes podem passar por debaixo do radar de diagnóstico em comunidades menos abastadas, onde os recursos de diagnóstico não são os estabelecidos", disse Bearman. "Se você é menos grave, você pode não ser diagnosticada, porque você não parece ter uma profunda deficiência - então você apenas passar por ser um garoto estranho."

Fonte AQUI
Artigo AQUI

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Autismo e Alimentação

Existem poucas evidências no que respeita à associação do autismo com a alimentação, no entanto têm sido desenvolvidos estudos que mostram que o apoio nutricional pode ser importante na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos com esta patologia.
O autismo é um distúrbio invasivo em desenvolvimento com início geralmente antes dos 3 anos de idade e com uma base biológica geralmente relacionada a factores neurológicos ou neurofisiológicos. Caracterizado pela debilidade qualitativa na interacção social recíproca (falta de consciência da existência de sentimentos em outros, não procurar conforto em momentos de agonia, falta de imitação), comunicação verbal e não verbal, e capacidade para jogos simbólicos e por um repertório restrito e pouco comum de actividades e interesses.
Uma vez que esta patologia assenta essencialmente em factores comportamentais, sendo especificamente afectados a interação social, comunicação verbal e não verbal e comportamentos restritos ou repetitivos vão-se verificar prejuízos na alimentação. Estas dificuldades referem-se à ingestão de nutrientes por parte das crianças e também na aceitação dos alimentos estando por isso aumentada a hipersensibilidade e a dificuldade em fazer transições. Apesar da maioria das crianças apresentar crescimento normal, a sua recusa alimentar, essencialmente em frutas e vegetais, pode por vezes levar a alguns défices nutricionais, dados que também estão apoiados por estudos recentes.
Apesar de não existirem fundamentos científicos fortes que comprovem os benefícios de certos nutrientes, alguns estudos referem a importância dos ácidos gordos essenciais, altas doses de vitaminas e restrição de glúten e caseína da dieta na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos com esta patologia.
Fontes:
- Kathleen, M.L.; Escott-Stump, S.; Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
- Xia W, Zhou Y, Sun C, Wang J, Wu L. A preliminary study on nutritional status and intake in Chinese children with autism. Eur J Pediatr. 2010 Oct;169(10):1201-6. Epub 2010 Apr 27.
- Bandini LG, Anderson SE, Curtin C, Cermak S, Evans EW, Scampini R, Maslin M, Must A.Food selectivity in children with autism spectrum disorders and typically developing children. J Pediatr. 2010 Aug;157(2):259-64. Epub 2010 Apr 1.
Notícia - Associação Portuguesa de Nutricionistas

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Revisões da Investigação em Autismo



Três artigos de opinião publicados na edição de maio de 2011 da revista Pediatrics (publicada online a 4 abril) examinam as provas científicas por detrás das intervenções médicas, comportamentais e de desenvolvimento das Perturbações do Espectro do Autismo (ASD). Os estudos, financiados pela Agency for Healthcare Research and Quality (Agência de Investigação de Saúde e Qualidade), analisaram pesquisas publicadas entre 2000 e Maio de 2010, sobre intervenções nas PEA em crianças até aos 12 anos. Os investigadores descobriram fortes evidências de alguns tratamentos, mas também uma necessidade crítica de estudos adicionais para identificar abordagens específicas que são mais eficazes para cada criança.

No artigo "Uma revisão sistemática de tratamentos médicos para crianças com Perturbações do Espectro Autista", os pesquisadores encontraram surpreendentemente poucas evidências do benefício para a maioria dos medicamentos utilizados para tratar as PEA. Os medicamentos que tratam alterações do comportamento tiveram a mais forte evidência de apoio seu uso. Os medicamentos antipsicóticos risperidona e aripiprazol cada um tem pelo menos dois ensaios clínicos aleatórios que constatam melhorias nas alterações do comportamento, hiperatividade e comportamento repetitivo. No entanto, ambos os medicamentos também causam efeitos colaterais significativos, incluindo o ganho de peso e sedação, o que limita o seu uso para pacientes com insuficiência renal grave. Não existem suficientes evidências para avaliar os potenciais benefícios e efeitos adversos de todos os outros medicamentos usados para tratar o autismo, incluindo inibidores da recaptação da serotonina e medicamentos estimulantes.

Num outro artigo, "A Revisão Sistemática da Secretina para crianças com Perturbações do Espectro do Autismo", os pesquisadores examinaram a evidência para o tratamento de crianças com autismo com secretina, um polipeptídeo gastrointestinal usado para tratar úlceras pépticas. Os autores do estudo encontraram fortes evidências de que a secretina não é eficaz para crianças no espectro autista, e que mais estudos não são garantidas.


No estudo "Uma Revisão Sistemática da Intervenção Precoce Intensiva de Perturbações do Espectro do Autismo", foram examinados 34 estudos de intervenção intensiva precoce de comportamento e desenvolvimento para crianças com PEA. Os ganhos foram observados nos estudos de intervenções intensivas enfatizados tanto por abordagens comportamentais específicas (por exemplo, UCLA / abordagem Lovaas) e os princípios do desenvolvimento (por exemplo, o início antecipado Modelo de Denver). Estas intervenções resultaram num melhor desempenho cognitivo, competências linguísticas e comportamento adaptativas em algumas crianças com PEA. No entanto, poucos estudos foram classificados como de boa qualidade e as provas existentes não fornecem fortes evidências em favor de uma abordagem única de intervenção precoce. Os autores do estudo concluem que essas estratégias de intervenção precoce intensiva têm potencial significativo, mas precisam de mais pesquisas para determinar quais intervenções são mais susceptíveis de beneficiar determinadas crianças.

Fonte: Medical News Today

DECOFUTURO



Nos dias 26 e 27 de Março realizou-se no Centro Cívico de Palmeira a Decofuturo - Feira de moda, beleza e decoração.

Estivemos presentes com a nossa banca para divulgação da Associação e Angariação de fundos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Festas de S. José (Póvoa de Lanhoso)

Estivemos no passado mês de Março numa angariação de fundos nas Festas de S. José, Póvoa de Lanhoso, num espaço gentilmente oferecido pelo Município local, que desde já agradecemos.


domingo, 3 de abril de 2011

Notícia no Diário do Minho

Dia da Consciencialização celebrado pela primeira vez em Braga



A Associação para a Inclusão e Apoio ao Autista do distrito de Braga assinalou, ontem, pela primeira vez, o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, com uma conferência no Museu D. Diogo de Sousa. A presidente desta associação disse que, a curto prazo, o objectivo é ampliar a actual sede, em Palmeira, e construir de raiz um espaço para intervenção precoce e para o Centro de Actividades Ocupacionais. Segundo Ana Paula Leite, a longo prazo, a meta é arranjar um terreno para construir um lar-residência para autistas adultos que deixarem de ter suporte familiar.

Ligação AQUI

Dia Mundia da Consciencialização do Autismo

A Mensagem da AIA para este Dia na comunicação apresentada pela Presidente da Direcção, Ana Paula Leite, na conferência "Detecção, Diagnóstico e Intervenção Precoce no Autismo"



A 18 de Dezembro de 2007, a Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu designar o dia 2 de Abril como o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, a ser comemorado a partir do ano de 2008.

Estamos aqui reunidos para essa comemoração e o formato escolhido pela Direção da AIA para tal, foi realizar uma conferência sobre o tema “Detecção, diagnóstico e intervenção precoce no autismo” como forma de sensibilização para a dificuldade que existe nesta fase inicial de descoberta desta perturbação.

Não existem em Portugal dados sobre a idade média em que é detectada uma perturbação do espectro do autista (do Autismo clássico ao Asperger), nem tampouco a idade média do diagnóstico. É certo que deve ter início antes dos 3 anos de idade de forma à criança usufruir de uma efectiva e produtiva intervenção precoce.

Num estudo publicado pela revista Neurologia em 2005 (1), e acerca de um inquérito realizado a 641 famílias com filhos com perturbações autísticas em Espanha, a suspeita de que algo está mal na criança começa na família e em média por volta dos 22 meses. A primeira consulta demora mais 4 meses e um diagnóstico específico é feito aos 52 meses.

No mesmo artigo (1) é feita referência a um estudo americano de 2001 que apurou que os primeiros a suspeitar de um problema foram os familiares (60%), seguidos dos pediatras (10%) e dos serviços educativos (5%). Números similares aos encontrados em 2005 em Espanha.

Da análise ao Inquérito realizado em Espanha, resulta também que as primeiras suspeitas são relacionadas com alterações da comunicação: Ausência de linguagem oral, não responde quando chamado pelo nome – ou parece ter problemas auditivos – e não estabelece contacto ocular (olhos nos olhos). A estes comportamentos seguem-se os da relação social: falta de atenção, interesse ou curiosodade sobre o que se faz ou diz, relações pouco adequadas com outras crianças da mesma idade e birras injustificadas.

Quando os pais / familiares se preocupam, normalmente têm razão, o que não invalida que a falta de preocupação assegure a ausência de problemas. Por tal, torna-se necessário fazer um controlo do desenvolvimento da criança em determinadas etapas da sua vida, aplicando escalas de desenvolvimento.

As barreiras encontradas no estudo espanhol para um tardio reconhecimento do Autismo são:
a) No âmbito familiar
Os pais tem dificuldades em detectar os sintomas das alterações comunicativo sociais, quer se trate do primeiro filho ou não.
b) No âmbito da Saúde
Os pediatras e os demais profissionais que prestam cuidados primários, em geral carecem de informação e formação necessária, pelo que não reconhecem as alterações de comportamento. Além disto, com frequência tendem a pensar – erróneamente – que se trata de problemas leves e transitórios no desenvolvimento, e a recomendar aos pais para se esperar quando detectam problemas de linguagem.

Se a detecção do autismo é difícil, o diagnóstico também o é visto que não existem actualmente testes médicos ou análises ao sangue que o diagnostique. Os médicos baseiam o diagnóstico nos sintomas de comportamento e desenvolvimento.

Actualmente não existe cura para o autismo. No entanto, a investigação mostra que uma intervenção eficaz o mais cedo possível pode contribuir para melhorar bastante o desenvolvimento da criança. A intervenção precoce deve ser feita o mais cedo possível.

É muito importante as famílias estejam atentas aos sinais de alerta e discutam com o seu médico a sua suspeita de perturbações do desenvolvimento.

É muito importante que os clínicos ouçam as famílias e estejam atentos às suas preocupações e que façam uso das consultas de especialidade, como de um meio auxiliar de diagnóstico se tratasse, sem receios ou complexos de o seu trabalho estar a ser escrutinado por terceiros.

É muito importante que os educadores e professores saibam quais os sinais de alerta e apoiem as famílias direccionando-as para consultas especializadas.

É muito importante que os poderes públicos invistam na detecção, diagnóstico e terapias de intervenção, de forma a sê-lo o mais precoce possível, pois está comprovado que uma intervenção terapêutica precoce gera significativas melhorias na autonomia e interacção social da criança que certamente vai baixar os custos nos apoios necessários nas fases seguintes, escola, centros de actividades e residências.

Em nome da AIA agradeço a todos as pessoas presentes e espero que esta acção traga benefícios futuros para todos.

Obrigado.

(1) Pode aceder ao documento em AIA e escolher " o ficheiro "GBPDPEA - Guia de Boas Práticas na Detecção das PEA"

sábado, 2 de abril de 2011

Dia Mundia da Consciêncialização do Autismo

No ãmbito do Dia Mundial da Consciêncialização do Autismo, a AIA apresentou hoje a conferência "Detecção, Diagnóstico e Intervenção Precoce no Autismo", à qual assistiram mais de 80 pessoas.

Na mesa de abertura estiveram a Dra. Palmira Maciel (Vereadora da Acção Social da Câmara Municipal de Braga), João Russel (Presidente da Junta de Freguesia de Palmeira), Dr. Luís Filipe (Director Adjunto do Centro Distrital de Braga do ISS, IP.) e Ana Paula Leite (Presidente da Direcção da AIA)


Entrando na conferência, Eduardo Ribeiro fez uma apresentação da AIA, a Dra Virgínia Rocha falou sobre a detecção e o diagnóstico nas perturbações do espectro autista, e a Dra Paula Carvalho abordou o tema da Intervenção Precoce.